Chef paulista recria guloseima tradicional com vegetais enviadas ao espaço

Chef paulista recria guloseima tradicional com vegetais enviadas ao espaço

Sonho de batata-doce roxa com recheio de grão-de-bico. Essa foi uma receita elaborada pelo chef brasiliano Jefferson Rueda, possuinte de restaurantes premiados em São Paulo, para uma rede brasileira de 56 pesquisadores que recentemente enviou essas vegetais para o espaço em um voo suborbital da Blue Origin.

O trabalho de Jefferson Rueda é a ponta da risco de um extenso programa para o melhoramento genético de vegetais, buscando o seu cultivo em ambientes extremos. A iniciativa é da Rede Space Farming Brazil, uma parceria da Dependência Espacial Brasileira (AEB) e da Embrapa no contextura do Combinação Artemis, um programa da Nasa e do Departamento de Estado dos Estados Unidos que convida a comunidade internacional a realizar missões tripuladas ao espaço para estabelecer estações espaciais permanentes. São 54 países signatários, incluindo o Brasil.

“No dia 14 de abril, a Rede Space Farming Brazil, da qual tenho a honra de fazer secção, participou da missão NS-31 em um vôo suborbital da empresa Blue Origin”, escreveu Rueda em suas redes sociais em 10 de maio. “O estudo de vegetais no espaço é fundamental para impulsionar tecnologias agrícolas inovadoras: cultivares mais tolerantes à seca, mais eficientes no uso de vontade e preparadas para os desafios climáticos do porvir”, afirmou.

Chef paulista recria guloseima tradicional com vegetais enviadas ao espaço3 imagensJefferson Rueda é um chef de cozinha premiado do BrasilChef Jefferson Rueda integra rede que enviou grão-de-bico e batata-doce ao espaço para aprimorar cultivo agrícola em ambientes extremosFechar modal.1 de 3

Sonho de batata-doce roxa com recheio de grão-de-bico

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Jefferson Rueda é um chef de cozinha premiado do Brasil

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Chef Jefferson Rueda integra rede que enviou grão-de-bico e batata-doce ao espaço para aprimorar cultivo agrícola em ambientes extremos

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Na rede, o chef é responsável por estabelecer níveis de qualidade para consumo e elencar possíveis receitas a partir dos vitualhas produzidos no espaço. Segundo Alessandra Fávero, coordenadora da Space Farming e pesquisadora da Embrapa, a receita do sonho (veja foto supra) foi realizada com o objetivo de festejar o trabalho em equipe do programa.

“E é o que todos sentem, é um grande sonho o Brasil estar no Programa Artemis junto com outros 53 países. Tem sido muito desafiadora essa pesquisa, e é um grande sonho brasiliano trabalhar com lavradio espacial”, disse a coordenadora. “E ficou uma delícia”, elogiou.

O objetivo final, de harmonia o programa, é conciliar essas receitas para as condições espaciais. “Será que teremos no porvir grão-de-bico espacial?”, conjecturou Jefferson Rueda em seu Instagram.

Lavoura espacial

Cultivar vitualhas em parâmetros completamente distintos dos que possibilitam a vida no envolvente terrestre, uma vez que a seriedade, a constituição da atmosfera e a luz solar, é reptador. Mas pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e de outras instituições deram um importante e inédito passo nesse sentido em 14 de abril deste ano, quando enviaram as sementes de grão-de-bico e as vegetais de batata-doce roxa para o espaço.

“O que a gente sabe é que é necessário conseguir crescer vegetais se a gente quiser viver fora da Terreno por muito tempo, porque é muito custoso mandar materiais para o espaço”, disse Carlos Hotta, membro do Instituto de Química (IQ) da USP e um pesquisadores associados ao projeto. “E ainda existe uma questão de saúde, psicológica e emocional, de evitar que a alimento de astronautas seja exclusivamente baseada em ração. Crescer e consumir vegetais é um bom motivador que pode aumentar a firmeza emocional desses pesquisadores.”

5 imagensRede Space Farming Brazil conta com  56 pesquisadores de 22 instituições diferentesSarita Meireles e Larissa Vendrame, da Embrapa, analisam mudas da batata-doce BRS AnembéSementes do grão-de-bico BRS AleppoBatata-doce das cultivares Beauregard e CovingtonFechar modal.1 de 5

Voo suborbital da Blue Origin aconteceu em 14 de abril

Divulgação/Blue Origin2 de 5

Rede Space Farming Brazil conta com 56 pesquisadores de 22 instituições diferentes

Juliana Sussai/Embrapa3 de 5

Sarita Meireles e Larissa Vendrame, da Embrapa, analisam mudas da batata-doce BRS Anembé

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Sementes do grão-de-bico BRS Aleppo

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Batata-doce das cultivares Beauregard e Covington

Divulgação/Embrapa

De harmonia com Carlos Hotta, toda a tecnologia desenvolvida para o término de se estabelecer no espaço é ao mesmo tempo proveitoso para a vida na Terreno, uma vez que impulsiona técnicas agrícolas inovadoras frente aos desafios cada vez mais frequentes causados por mudanças climáticas extremas.

“Se gente consegue crescer vegetais num lugar tão difícil quanto o espaço, isso quer proferir que a gente vai desenvolver tecnologias para crescer vegetais em lugares difíceis ou momentos difíceis cá na Terreno”, diz o pesquisador. A lógica é a mesma do resultado da corrida espacial e de outras pesquisas espaciais que desenvolveram equipamentos que a sociedade usa até hoje, uma vez que celulares, satélites, aspiradores de pó, micro-ondas e outros.

Voo suborbital

O voo suborbital da Blue Origin, empresa do bilionário Jeff Bezos, levou vegetais de batata-doce das cultivares Beauregard e Covington, e sementes do grão-de-bico BRS Aleppo, desenvolvido por cientistas brasileiros nos programas de melhoramento genético da Embrapa. No voo, a batata-doce e o grão-de-bico ficaram expostas por quase cinco minutos à microgravidade (seriedade próxima da zero), uma quesito que afeta a sentença de alguns genes.

A tripulação era inteiramente composta por mulheres, entre elas a cantora Katy Perry e a prometida de Bezos, Lauren Sánchez. De harmonia com a Blue Origin, o voo durou 11 minutos — ida até a borda do espaço e volta. O lançamento ocorreu às 8h30 no oeste do Texas (EUA), correspondente às 10h30 no horário de Brasília, em 14 de abril.

“A gente injetou um líquido que paralisa o metabolismo das vegetais em alguns momentos da viagem. É uma vez que se fosse uma retrato da vegetal naquele momento. A partir disso, podemos estudar os transcritos de quais genes estão ativos na vegetal ou não”, explica Carlos Hotta. “Isso permite a gente saber, por exemplo, uma vez que que a vegetal respondeu ao tempo em microgravidade.”

Segundo Alessandra Fávero, a teoria é disponibilizar esse material para diversas formas de estudo entre os 56 pesquisadores de 22 instituições diferentes da rede. “As sementes que foram no voo vão estar disponíveis para todo e qualquer tipo de experimentação, uma vez que pesquisas metagenômicas, genômicas, epigenômicas, ou análises morfológicas, citogenéticas e muito mais”, disse.

Os pesquisadores explicaram que outros países já conseguiram, por exemplo, plantar e recolher alface, tomate e morango no espaço para se cevar. “Essas pesquisas estão em um estado mais avançado. Zero que chegue perto de fornecer manjar para sustentar toda uma tripulação, mas já é um tanto para dar um alegria para os astronautas, que pelo que eu entendo, é uma coisa extremamente importante”, afirma Hotta.

Batata-doce e grão-de-bico

No caso do Brasil, a batata-doce e o grão-de-bico foram escolhidos porque reúnem vantagens agronômicas e nutricionais, quando se considera os desafios tecnológicos e científicos de cultivar vegetais no espaço. Elas são espécies adaptáveis e resilientes, de rápido prolongamento e fácil manejo, que conseguem se desenvolver muito em condições adversas, mesmo com o mínimo aporte de insumos ao longo do ciclo de produção.

4 imagensSementes do grão-de-bico BRS AleppoGrão-de-bico BRS Aleppo é a primeira cultivar brasileira a participar de experimento espacialSarita Meireles e Larissa Vendrame, da Embrapa, analisam mudas da batata-doce BRS AnembéFechar modal.1 de 4

Batata-doce das cultivares Beauregard e Covington

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Sementes do grão-de-bico BRS Aleppo

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Grão-de-bico BRS Aleppo é a primeira cultivar brasileira a participar de experimento espacial

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Sarita Meireles e Larissa Vendrame, da Embrapa, analisam mudas da batata-doce BRS Anembé

Paula Rodrigues/Embrapa

“A batata-doce roxa é rica em carboidrato de subida qualidade e em antocianina, que é um antioxidante em situações de radiação”, comenta Alessandra Favero. “E é um manjar extremamente versátil, fácil de cozinhar, que pode ser consumido praticamente inteiro, porque as folhas e as raízes são ricas em proteína e fibras e, quando cozidas, elas podem ser consumidas.”

O grão-de-bico é outra vegetal rica em proteína, fibras e triptofano, aminoácido fundamental para a produção de serotonina e melatonina. “Tem uma vez que fazer maionese com grão-de-bico, massas, humus. É um manjar bastante consumido e estimado”, adiciona Carlos Hotta.

“É uma dobradinha do arroz com feijoeiro, que é um carboidrato e uma proteína, que é a base cevar do ser humano”, compara a pesquisadora do Embrapa.

Formas de cultivo

Os locais desafiadores para o desenvolvimento agrícola, tanto no espaço (envolvente inóspito) quanto na Terreno (a partir das mudanças climáticas), motivam linhas de pesquisa para produzir sistema autossustentáveis de plantação vitualhas. De harmonia com Alessandra Favero, é inviável financeiramente enviar com frequência ao espaço insumos agrícolas uma vez que sementes e fertilizantes, o que incentiva a implementação do cultivo fechado ou indoor. 

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Esse tipo de cultivo é uma forma de crescer vegetais em um espaço pequeno, com uso muito restringido de chuva e sem o uso de de fungicidas, inseticidas ou herbicidas, para controlar o desenvolvimento da vegetal perto do sítio de consumo. Para isso, as vegetais têm que estar adaptadas, e por isso o melhoramento genético é buscado por meio de viagens suborbitais uma vez que a que aconteceu em 14 de abril.

“A vegetal tem que ser mais eficiente no uso de chuva e vontade e tolerante à radiação. A partir de toda a secção de iluminação sintético, fertilização, chuva, que entra e sai do sistema, a vegetal tem que entrar e voltar tratada. É um sistema bio-regenerativo”, revela Alessandra Favero.

O professor Carlos Hotta explica que a vantagem do cultivo fechado é a segurança cevar que esse sistema pode trazer um dia para a Terreno. “Nós estamos em um cenário cada vez mais imprevisível, mas uma coisa certa é que a frequência de eventos climáticos extremos vai aumentar, e uma maneira da gente prometer alguma segurança cevar é crescer as vegetais num sítio totalmente protegido”, diz.

Uma segunda hipótese é pesquisar maneiras de aligeirar o ciclo de plantio e colheita das vegetais. “Em eventos extremos, uma vez que períodos de estiagem absoluta e outros de chuva sumoso,  a janela de oportunidade para crescer começa a diminuir, portanto a gente conseguir manipular esse processo nas vegetais pode também ser uma chave para segurança cevar”, diz o pesquisador da USP.

“Eu sabor de falar que esse é o primórdio. A gente tem a perspectiva de experimentos muito mais interessantes no porvir, para um dia crescer vegetais por mais tempo no espaço, uma vez que na Lua ou em Marte. Parece um sonho mesmo, um resultado de ficção, mas aos poucos nós vemos que pode ser um tanto tangível”.



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